quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Sem surpresas, Auricchio é reeleito

Em São Caetano, não houve surpresas. Às 21h46, a Justiça Eleitoral já tinha apurado 66.743 votos, o que corresponde a cerca de 68% do total. José Auricchio Júnior (PTB), prefeito e candidato à reeleição, somava 45.522 (68,2%) votos contra 7.472 (11,2%) de Jayme Tortorello (PT) e 5.163 (7,7%) de Horácio Neto (PSol). Haviam sido computados ainda 3.238 (4,9%) votos em branco e 5.348 (8%) votos nulos.

Na Praça da Figueira, onde fica o comitê de campanha do Auricchio, a confiança era tanta que, às 20h25, o petebista já surgiu para receber os cumprimentos pela vitória, mesmo antes do encerramento da apuração. Na porta, fogos e uma multidão de eleitores para ovacionar o vencedor. Auricchio destacou os projetos sociais como um fator determinante para a sua vitória. “Nós deixamos uma marca de igualdade para as pessoas”, confirmou.

O prefeito reeleito acredita que a cobrança por parte da população será maior no seu segundo mandato. “O meu compromisso com a sociedade de São Caetano é firme, em cima de programas, propostas e da identidade que eu tenho com cidade”. Com bom-humor, ele ressaltou que irá manter o seu modo de administrar o município. “A única coisa que muda é que eu vou ter mais trabalho, já que fiquei quatro dias fora. Tenho que entregar a peça orçamentária e o pessoal de finanças está me aguardando”, afirmou sorrindo. O petebista elegeu o aprofundamento dos serviços sociais e a habitação como os maiores desafios para sua próxima gestão.

Auricchio afirmou que a base da Câmara Municipal, que sempre apoiou seus projetos, será mantida. “A governabilidade deve acontecer de modo democrático, transparente e respeitoso. Foi assim o nosso relacionamento com o Legislativo e é assim que desejamos manter nos próximos quatro anos”.

Este será o sétimo mandato consecutivo do PTB, em São Caetano. Se depender de Auricchio, este não será o último. “Eu tenho muito orgulho de fazer parte deste partido e também de poder ajudá-lo a conseguir mais uma eleição”, concluiu.

Denise comemora ao lado do marido

Após acompanhar praticamente toda a campanha do seu marido, Denise Auricchio estava emocionada na noite de ontem, em meio aos festejos pela vitória de José Auricchio Júnior (PTB) para dirigir a cidade de São Caetano por mais quatro anos. “Foi um trabalho de dedicação, e a população reconheceu todo o esforço”, declarou.

Embora as pesquisas concedessem uma larga vantagem a Auricchio, Denise revelou que sentiu um frio na barriga durante a tarde de ontem. “A gente só acredita na hora que vê. Bate uma ansiedade”, afirmou a primeira-dama.

Segundo a sua avaliação, a participação da família foi fundamental para o resultado positivo. “Todos acabam se envolvendo. Foi um trabalho em conjunto”, explicou.

O vice de Auricchio, Walter Figueira (PTB), também distribuía sorrisos. O petebista exaltou a dobradinha que forma com o prefeito. “Nós fomos eleitos pelo povo e vamos administrar São Caetano de forma transparente, comunicativa e cumprir o Programa de Governo que foi elaborado no intuito de promover a igualdade social”, discursou.

Figueira, que tem a sua história ligada ao esporte, lembrou do já falecido cronista esportivo Fiori Giglioti para encerrar as suas palavras. “No fechar das cortinas, conseguimos um grande índice de aprovação e confiança no governo Auricchio”.

* Texto publicado pelo jornal Diário Regional, em 06 de outubro de 2008.

São Paulo perde Lugano por três semanas

O zagueiro Lugano, que fraturou o nariz no jogo de ontem contra o Guarani, passou por uma cirurgia nesta segunda-feira. Segundo o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, a cirurgia durou cerca de 45 minutos e obteve resultado positivo. O uruguaio deve desfalcar o Tricolor de três a quatro semanas.

A contusão aconteceu em uma jogada aérea. O zagueiro dividiu com o atacante bugrino Fabiano e acabou levando a pior. O jogador da equipe campineira, que fez a sua estréia pelo clube, afirmou que o lance foi involuntário. “Foi uma coisa normal de jogo. O Lugano veio por trás de mim e eu subi meio de lado e com os braços abertos apenas para me proteger. Ele cabeceou meu braço esquerdo e acabou se machucando”, disse ele à Gazeta Esportiva. Mesmo assim, Fabiano pediu desculpas ao são-paulino. O pedido foi aceito.

Com quatro pontos em quatro rodadas, o time volta a campo nesta quarta-feira, contra o Marília, e depois enfrenta o Palmeiras, no domingo. Os dois jogos são decisivos para as pretensões tricolores no Campeonato Paulista, principalmente por causa do duelo direto com o líder da competição.

O técnico Muricy Ramalho terá trabalho para arrumar o meio de zaga tricolor. Além da contusão de Lugano, o outro zagueiro titular, Fabão, foi expulso e cumpre suspensão automática na próxima partida.

André Dias, zagueiro que defendia o Goiás e foi contratado para esta temporada, é um dos possíveis substitutos para Lugano.

* Texto publicado pelo site www.futebolinterior.com.br, em 30 de janeiro de 2006.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Álbum de compras

Os catálogos se adaptam e continuam no mercado

Ele é uma invenção da década de 40 perfeitamente adaptada à nossa era. Arma fundamental na comercialização de cosméticos e produtos para o público feminino (principalmente donas-de-casa), os catálogos estão cada vez mais diversificados, incluindo equipamentos de última geração, objetos de desejo de dez entre dez consumidores. Dados da Abved (Associação Brasileira de Vendas Diretas) indicam um crescimento de 27% das vendas em 2004.

“A diversificação foi uma mudança necessária para a sobrevivência e, principalmente, o aumento da vendas por catálogo”, afirma o consultor Marcelo Pinheiro, da DirectBiz Consultants, especializado em comércio direto. Para atrair clientes, as empresas dividem o pagamento em parcelas sem juros e fazem descontos e promoções.

Outra estratégia usada foi aumentar o número de edições por ano – hoje varia de duas (Brasif Shopping) a seis (o Compra Fácil, da Hermes) - e uma fidelização maior dos clientes, as classes A e B. “Contratamos até uma consultoria dos EUA para analisar o perfil dos clientes”, diz o diretor de marketing da Brasif, Aloízio Sotero, 56.

Por qualificação, entenda-se também a sofisticação dos produtos oferecidos, com preços iguais ou melhores que os das lojas tradicionais. No Shoptime, o consumidor encontra uma câmera fotográfica digital Cybershot P43 da Sony por R$ 1.299 (na Fnac, por exemplo, sai por R$ 1.389.

Uma garrafa de 750 ml de vodca Cîroc custa R$ 199 na Brasif, mesmo preço da Bacco´s. “A vantagem é que o consumidor não precisa sair de casa”, diz Pinheiro, da DirectBiz. “A internet também dá opção, mas o catálogo funciona como um guia que o consumidor pode consultar em qualquer lugar".

Existem pelo menos quatro empresas especializadas em compilar produtos para catálogos, com encomendas feitas por email, telefone ou reembolso postal. Todas têm estoque próprio e trabalham com galpões para armazenar as mercadorias – estratégia para aumentar a agilidade na hora de levar o produto ao consumidor, seja pelo correio ou por empresas de entregas expressas.

Algumas empresas, como a Hermes, existem há mais de 60 anos; outras como a Shoptime, nem tanto. “Começamos em 1995 como um canal de tv a cabo e depois passamos a trabalhar com o catálogo também. As vendas por esse meio representam 12% do nosso volume de negócios, mas ele faz crescer a vendas por outras mídias, como a Internet”, afirma o diretor de marketing da empresa, Marcelo Lobianco, 37.

Para conseguir um catálogo, o consumidor deve procurar os serviços de teleatendimento ou os sites das empresas (veja quadro ao lado). Normalmente eles são publicados em datas especiais, como Natal e Dia das Mães, ou no começo das estações. Apenas os da Shoptime e da Submarino são bimestrais. “O primeiro catálogo de 2005 sai em maio, por causa do Dia das Mães”, diz Sotero, da Brasif. “A expectativa é que o seu efeito dure até o Dia dos Namorados”.

Existem riscos, claro. Entre as reclamações recebidas pelo Procon-SP, a maior parte era sobre demora ou falta de entrega. “É essencial conhecer quem vende”, explica Leila Cordeiro, 45, assessora de direção do Procon-SP. Vale anotar nome, telefone, endereço e CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) da empresa. São sete dias para se arrepender após o recebimento do produto ou assinatura do contrato – o que vier por último. O Código de Defesa do Consumidor prevê a devolução do valor, corrigido.

Como Conseguir

Para solicitar um dos catálogos, é preciso entrar em contato com as empresas. Abaixo os sites e telefones dos principais:

• Brasif Shopping e Duty Free Brasil O teleatendimento (0800-216168) cadastra o consumidor e envia o catálogo pelo correio. É necessário fornecer o CPF
• Compra Fácil O Catálogo de produtos da Hermes é fornecido após o preenchimento de um cadastro no site http://www.comprafacil.com.br/ ou pelo telefone (21) 2515-7000
• ShoptimeÉ possível pedir pelo site da empresa (http://www.shoptime.com.br/) ou pelo telefone 0300-7891020 (custo R$ 0,30 por minuto de ligação no telefone fixo e R$ 0,77 no celular)

Só para clientes

Algumas lojas de São Paulo adotaram a entrega de catálogos como uma forma de garantir a fidelidade da clientela. O atendimento é feito por telefone ou por um vendedor que vai até a casa do interessado com os produtos desejados.

“Nossos clientes são, em sua maioria, médicas e empresárias que não têm tempo de vir até a loja”, afirma Andréa Kurbi, 39, proprietária da grife de moda feminina Spezzatto, que distribui cerca de 15 mil exemplares a cada quatro meses.

Os catálogos da Francesca Giobbi são enviados a 5.000 pessoas. No final, uma página dá as referências das peças, os preços e o telefone para a confirmação do pedido.

Outras lojas também trabalham com a exposição de coleções por catálogos, como a Parresh, a Animali, Tirol e Fit. A Lenny e Cia. faz um para cada estação, com os produtos identificados por uma referência e os pedidos feitos por telefone. “Ele nasceu para apresentar tendências de cores, materiais, formas e acabamentos das peças. Mas os clientes gostaram, e hoje ele representa 40% das vendas da loja”, explica o estilista e proprietário da loja, Lenny Mattos, 50.

* Matéria publicada na Revista da Folha, edição nº 659, em 06 de março de 2005

Consumo 40º

Sobem as flores, as estampas, o laranja, o verde e o azul em roupas e utensílios deste verão

“Atualmente, o Brasil dita as tendências de moda praia no mercado mundial”, comemora a estilista Liana Thomaz, 39, proprietária da grife de biquínis e maiôs Água de Coco. As exportações brasileiras do setor, que quase dobraram do ano passado para cá, confirmam o otimismo da estilista. Foram US$ 9,5 milhões exportados, entre janeiro e setembro de 2003, e US$ 17,1 milhões, no mesmo período deste ano, segundo a Abit (Associação Brasileira Têxtil e de Confecção).

No mercado interno, segundo pesquisa do Iemi (Instituto de Estudos e Marketing Industrial), as indústrias de moda praia faturaram cerca de US$ 700 milhões em 2003, produzindo 250 milhões de peças.

Neste ano, comércio e indústria esperam faturar mais. Segundo o economista Emílio Alfieri, 54, da Associação Comercial de São Paulo, as vendas vão crescer cerca de 10%, por causa do 1,8 milhão de novos empregos abertos. “A remuneração média destas vagas é de três salários mínimos. Isso deve elevar as vendas de produtos mais baratos”, explica Emílio.

Com o consumo subindo proporcionalmente à temperatura, a menos de uma semana do verão, a Revista traz dicas de como fazer bonito na estação e não pagar micos nas areias e piscinas – a começar pelo guarda-sol.

“Laranja, amarelo, azul-turquesa e verde-néon estão em alta. São cores fortes e com uma identificação muito grande com a estação”, afirma Ademir Bueno, 36, designer responsável pela linha Garden, da loja Tok&Stok. Bueno conta que os acessórios como guarda-sol e as cadeiras de praia, também seguem tendências de moda praia.

Os materiais continuam os mesmos, com cadeiras feitas com plástico polipropileno ou tubos de alumínio. Para praia, a dica é escolher as peças em alumínio. Mais leves e dobráveis, permitem maior conforto na hora do transporte.

No site das Lojas Americanas, uma cadeira com assento em PVC e poliéster, da marca Metalúrgica Mor, custa R$ 94,90, com entrega em casa. Na Tok&Stok, no mesmo estilo, há uma cadeira com assento e encosto plástico em PVC por R$ 72.

Para moda e utensílios em geral, as estampas da estação são pródigas em flores. “Os utensílios, no entanto, não precisam ser trocados a cada verão. Vai do bom senso”, aconselha Daniella Martini, 31, arquiteta. “Como tudo agora é vintage (expressão inglesa usada para designar os clássicos), não custa até dar uma olhada naquele guarda-sol de cabo de madeira”, completa Paulo Tavares, 32, estilista.

“O país está na moda como nunca. A dica é usar e abusar também de símbolos do folclore nacional”, diz José Teixeira, 35, designer de bijuterias e acessórios.

A boa e velha canga deve ficar esticada para deitar na areia – e só. Nada de enrolar no corpo e usar como saída de praia. “A moda é usar batas trabalhadas ou conjuntos de shorts e camisetas”, recomenda Paulo. “A idéia é que, ao sair da praia, a mulher já esteja pronta para outros compromissos”, completa Liana.

Sem discriminar cores, o rosa-melancia, combinado sempre com verde, azul ou amarelo, deve dar o tom. “Essas cores não estarão somente nos biquínis, mas em todas as peças do vestuário feminino”, acredita Liana. A lycra, pela facilidade de se adaptar ao corpo feminino, segue em alta. Os modelos velhos não devem ser abandonados. “Vale a criatividade, como adicionar um brochinho ou fitilhos coloridos”, ensina a estilista Renata Bizarro, 33.

Nos pés, sandálias rasteiras. “Vale usar aquela Havaiana com flor aplicada”, concordam as estilistas Cristiane Miranda, 36, e Tatyana Takasse, 35. Esportes (frescobol, vôlei de praia, futevôlei) e brinquedos infantis (baldinhos e pazinhas) não mudam.
É bom lembrar que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, as temperaturas vão bater 32ºC.

* Texto publicado na Revista da Folha, edição nº 651, em 19 de dezembro de 2004.